Em meio a floresta

a lagarta disse em alta voz:

Um dia eu vou voar!

Todos riram, exceto as borboletas!

A terra gira e o tempo voa e a poupança Bamerindus não tá mais na boa

é que o eco das escolhas pela eternidade ecoa.

Só os mortos

conhecem o fim da guerra,

olho por olho

até que o Mundo esteja em trevas.

Eu me engasguei com o sonho, não parei de andar,

sem a intenção de ser o primeiro eu só quis continuar.

A estrada estreita

me expandiu demais,

nela encontrei a simetria entre ser simples e sagaz, não multiplico a ignorância só verso o que eu entendo, sem pant-line

só papo reto mesmo.

O vazio das entrelinhas

e o retrocesso,

agora eu sei que toda falta

é o que sucede excesso,

cês sabe tudo do que nada importa, uma soberba sem sentido

dos deprimidos à porta, comprou uma casa

e nunca teve um lar, sempre odiou com calma e sempre pressa pra amar.

E quando a noite

devorar a luz,

não houver razão pra tanto contraste e no casulo

a voz que me conduz me diz:

Agora voe e nunca mais se arraste!

Pra quem tem nada metade é o dobro, a

antagônica cínica

de quem se rende ao jogo. A conveniência cega

e cauteriza a consciência, a mística infundada

fere a ordem e a decência, o choro é livre

pra quem sorri com culpa, prospecta o futuro

sem fazer boas perguntas!

Porque? pra onde? com quem? E quando?

Com coração e mente livre pra seguir gerundiando… Perna torta igual Garrincha eu sou terror pros outros time, quebrando as linha Jão,

mas é sempre o mesmo drible…

Me rendo ao simples,

a beleza da constância, cês busca Rit

eu persigo relevância!

Quanto melhor a música, menos as rádio toca,

o fim do orgânico…

A futilidade é moda,

mas foca e continua, ergue o queixo,

segue em frente

e guarda o coração

se não o olhar fica doente.

Me despejo nessas linhas

e sei que cê sentiu,

a diferença entre o gênio e o louco é que o louco desistiu…

E quando a noite

devorar a luz,

não houver razão pra tanto contraste e no casulo

a voz que me conduz me diz:

Agora voe e nunca mais se arraste!