Em meio ao escambo
e a frustração no trampo, junto com o pau de tinta quiseram minha alma!
Exporta brasa, importa fogo estranho e o caucasiano astuto roubou nossas casas.
Suplica o pai
e chora a seringueira
ao perceber que as balas vindo não são de borracha.
Meu som é esse
com essa raiva doce
de um tupiniquim
que canta e cai a chuva ácida…
E nessa terra
onde minha vida segue entre paixões infames
e noites que não voltam.
A devoção tem um sentido cético onde a mãe não é mais gentil
e o próprio filho aborta.
Queria ser
como eu fui no início,
mas manipularam os livros e omitiram a verdade.
Com os pés descalços eu corro mata virgem
e com minha mente livre eu grito a liberdade.
Encontro a trilha
de onde nasce o rio, silêncio grita me dizendo vá! Ensurdeci,
mas meus olhos se abriu, na encruzilhada
do meu TESHUVÁ.
Gritos ecoam
num silêncio tenro, o sossego da mata agora geme em dor.
Navio negreiro
se atraca a margem são águas que trazem o medo e o terror!
A história grita
aos ouvidos de tantos que choram nos cantos sem força pra crer,
os livros mentem atribuem honra
a quem derramou sangue e só nos fez sofrer…
Usurparam a nossa doçura,
catequizar para nos oprimir!
A guerra Santa trouxe a Paz Pagã, quando Cabral chegou NoiZ já tava aqui!